sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Ausência II
Inflação da Perfeição
Não sei que caminho deva seguir e mesmo agora que olho para o céu carregado de nuvens animadas pela indolência do vento, continuo siderado na imagem recriada pelo devaneio da mente. A quantidade de dados adquiridos não se materializa em factos concretos e por mais puzzles que construa não consigo alterar as exigências elevadas de um coração resoluto.
Na perfeição encontro a minha némesis, que de ser tão desejada torna-se trivial. Banalidades à parte, haverá sempre enigmas marginalizados pela inteligência, onde as interrogações começam da mesma forma que terminam, ou seja, num ponto final.
A imagem recriada aperfeiçoa-se à medida que o olhar absorto se perde nos segundos que o tempo não conta, e assim ficamos, expostos e vulneráveis à valorização de uma perfeição irrevogável.
Filipe Almeida
James Blake -Limit To Your Love
Álbum: Echoes (2011)
Música: Limit To Your Love
Recomendação: 4/5
Fernando Pessoa - As Imperfeições dos Nossos Sentidos
Them:Youth - Fever Rising
Álbum: Toothache
Música: Fever Rising
Recomendação: 4/5
Infidelidades - Parte 1/5
Como já deves ter percebido, tenho-me encontrado com outro homem. Nos últimos tempos, durante quase três meses, tive relações sexuais com ele. Travámos conhecimento por questões de trabalho e tu não o conheces. Além disso, quem ele é pouco ou nada importa. Não faço tensões de voltar a vê-lo. Pela minha parte, pelo menos, está tudo acabado, não sei até que ponto isso te servirá de algum consolo.
Se me perguntares se o amava, não saberia responder-te. A questão, de resto, parece-me irrelevante. Agora, se me perguntares se te amava, aí poderia responder-te sem a mínima hesitação: sim, amava-te. Sempre pensei ter feito muito bem em casar-me contigo. E continuo a pensar. Agora vais querer saber porque razão te fui infiel e, em última análise, porque saí de casa e te deixei. Também eu tenho feito a mim mesma esta pergunta vezes sem conta. O que me terá levado a agir assim?
Não consigo encontrar uma explicação. Nunca foi minha intenção arranjar um amante, nem ser-te infiel. De resto, quando comecei a minha relação com este homem, não me passava pela cabeça enganar-te. Encontrámo-nos meia dúzias de vezes por razões profissionais e, às tantas, começámos a falar ao telefone de coisas que não tinham que ver do trabalho. Ele é muito mais velho do que eu, tem mulher e filhos, e, como homem nem sequer se pode dizer que seja especialmente atraente, daí que, por tudo isto junto, nunca me visse passado pela cabeça que um dia poderia vir a ter com ele uma relação profunda. (…)” - as restantes 4 partes serão publicadas em breve.
Haruki Murakami, “Crónica do Pássaro de Corda”
Foto: José Luís Silva
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Clogs feat Matt Berninger - Last Song
Álbum: The Creatures in the Garden of Lady Walton (2010)
Música: Last Song
Recomendação: 3,5/5
Vergílio Ferreira - A história é um criar e desfazer de ilusões
domingo, 26 de dezembro de 2010
Curtas XII - Posse
Coldplay - See you soon
Álbum: The Blue Room (EP) - 1999
Música: See you soon
Recomendação: 4,5/5
Matias Aires - Definição de Amor
Matias Aires, in 'Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens e Carta Sobre a Fortuna'
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A infância
Lembranças são utopias disfarçadas pelo presente, que originam a sensação de um pensamento duradouro. Relembrar faz levantar o nevoeiro que esconde o condicionalismo de um dia não vivido, é assim que encaramos a plenitude da infância.
Faço uma ode à infância, a todos os momentos que ela me proporcionou e a todos os sentimentos lúgubres que hoje ajuda a sentenciar. Faz parte do ser humano, dispersar por todas as conjecturas produzidas pela imaginação fértil da criança que sempre nos acompanhará. É fascinante como um simples brinquedo consegue ludibriar o tempo e transportar para o mundo só nosso, onde a imaginação é a ferramenta de uma recriação onírica. As brincadeiras são os professores mais exigentes e ensinam-nos a encarar a vida com limites que nós próprios delineamos.
Escrevo este texto com um sorriso acutilante, onde deixo o meu apreço a todos os brinquedos e a todas as brincadeiras que transformaram os sonhos em realidades irrevogáveis, para que hoje consiga acreditar na metamorfose de uma imaginação verídica.
Na infância, acreditava na hipótese de acontecer e agora…acredito que nunca deixei de ser criança.
Filipe Almeida
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Angus And Julia Stone - Draw your Swords
Álbum: Down the way ( 2010)
Música: Draw Your Swords
Recomendação: 4/5
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski - I
Curtas XI - Pormenores
domingo, 5 de dezembro de 2010
Sam Cooke - A chance is gonna come
Álbum: Ain't That Good News
Música: A chance is gonna come
Recomendação: 4/5
sábado, 4 de dezembro de 2010
O Destino
Eu acredito na concepção do destino, como sendo um rascunho pérfido dos sonhos intangíveis onde existe sempre outra alternativa. É esta a diferença entre destino e o predestino. O destino és tu que o crias, estando exposto às suas contrariedades e a predestinação é imutável seja quais forem as tuas acções. Não acredito que haja alguém que tenha o dom da premonição e que consiga predestinar o futuro, ninguém consegue antecipar o presente. Eu acredito no destino, na simplicidade do esboço que a vida vai desenhando… Na predestinação? Só a morte.
Filipe Almeida
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Origens
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O Revés da Imortalidade
Haruki Marukami, “Crónica do Pássaro de Corda”
Paul and Fritz Kalkbrenner - Sky and Sand
Álbum: BPitch Control
Música: Sky and Sand
Recomendação: 3,5/5
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Contas ao tempo
Contas ao tempo
“Mas, cuidar sem tempo tanta conta,
é força do meu tempo
já dá contas!
Mas, cuidar sem tempo tanta coisa
eu que gastei, sem conta, tanto tempo,
para ter a minha conta feita a tempo.
Dado me foi bom tempo e não fiz contas
não quis, sobrando tempo, fazer contas
quero hoje fazer contas, falta tempo.
Oh vós, que tendes tempo sem ter conta!
não gasteis esse tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em fazer contas.
Mas, oh! se os que cuidam do seu tempo,
fizessem desse tempo alguma conta,
não chorava, como eu, o não ter tempo!”
Poema de um monge do séc. XVIII
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Curtas X - O Querer
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Kings Of Leon - The End
Álbum: Come Around Sundown
Música: The End
Recomendação: 4,5/5
domingo, 21 de novembro de 2010
O poder das palavras
Crescemos ao som de uma amálgama de palavras que nem sempre são bem entendidas, apesar de o discurso aparentar ser o mais íntegro. O motivo de tanta displicência muitas vezes está associado ao facto de não sabermos o seu significado, outras porque simplesmente não as queremos entender.
Devíamos encarar as palavras com toda a reverência e não usá-las somente como forma de exprimir um pensamento que (às vezes) sofre de uma impulsividade precoce, ou como forma de interligar uma discurso que nunca é revisto. A crítica não se refere às palavras mal pronunciadas, mas sim, às que são mal utilizadas por não traduzirem o mesmo significado, em duas pessoas distintas.
Lembro-me do poder das palavras em diferentes cenários da nossa vida: Quando tens dúvidas. Quando precisas de ânimo. Quando queres conhecer. Quando queres proteger. Quando queres recordar. Quando queres partilhar. Quando queres conquistar. Quando queres tentar. Este é o poder das palavras…
São as reminiscências dos bons momentos que perpetuam, por isso, devemos deixar os discursos ardilosos para quem finge não entender as palavras que têm o mesmo significado.
Filipe Almeida
domingo, 14 de novembro de 2010
Curtas IX - You never loose
sábado, 13 de novembro de 2010
Curtas VIII - Julgamento do tempo
Lhasa de Sela - Love Came Here
Álbum: Lhasa
Música: Love Came Here
Recomendação: 3,5/5
Ser, Parecer - Mia Couto
domingo, 7 de novembro de 2010
Quando te disse adeus, não foi para sempre!
Quando te disse adeus, não foi para sempre! Os desejos agora são como cartas escritas à mão, onde as lágrimas provocadas por um sentimento semelhante à saudade, não se limitam apenas a manchar as linhas do passado, as lágrimas também refutam o sorriso que sempre me acompanhará. O espaço já não nos pertence, as montanhas que subimos estão agora cobertas de neve e o espelho provocado pela serenidade do rio já não nos reflecte. Quando te disse adeus, não foi para sempre!
O tempo mostrou-nos que não tivemos medo de mudar e hoje…envelhecemos num tom impetuoso, rodeados de falsas recordações que recriam um filme quase mudo. As quimeras também são permissivas à realidade e hoje que estás longe, acredito que a loucura do amor está condenada à precariedade de meia dúzia de palavras românticas. As perguntas agora são como especulações sem sentido, onde a resposta é uma verdade absoluta para quem não acredita na mentira. Quando te disse adeus, não foi para sempre!
O verbo entender é asséptico a qualquer momento decorrente num passado que já foi presente, talvez por isso, a razão considere que seja sempre tarde para pedidos de desculpas. Hoje…somos apenas estranhos que já estiveram à distância do respirar e no final…seremos apenas descobridores de lágrimas sentidas, harmonizadas com a voluptuosidade das gotas de suor.
Esqueci-me como te pronunciava a palavra “amo-te” … Quando te disse adeus, não foi para sempre!
Filipe Almeida
P.S - Ao texto escrito em cima, não o considerem "lamechas" , para quem não sabe, ou nunca sentiu, fica a visão que o amor ainda existe...
sábado, 6 de novembro de 2010
Patrick Wolf - Time Of My Life
Álbum: The Conqueror (data prevista para saída do álbum - Maio 2011)
Música: Time Of My Life
Recomendação: 3,5/5
Os signos - Fernando Pessoa
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Orelha Negra - Tanto Tempo
Álbum: Orelha Negra
Música: Tanto Tempo
Recomendação: 4/5
domingo, 31 de outubro de 2010
Déjà vu
sábado, 16 de outubro de 2010
Friedrich Nietzche - O que se pode prometer
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'
Doves - One of these days
Álbum: Some Cities
Música: One of these days
Recomendação: 5/5
O teu Aprendiz
Tu és o exemplo vivo, que o desejo aliado ao querer , tudo consegue. ( yes we can).
Tive uma chance, uma pequena oportunidade, para concretizar o meu desejo e tu....não me deixaste sozinho!
Lutei por ti, não te queria desiludir, queria ser digno da tua serenidade, do teu conhecimento, da tua paciência....
Houve dias em que dizias "bom dia", outros em que dizias " não me chateies", mas mesmo assim, GOSTO DE TI!
Vales todas as noite mal dormidas, todas as manhãs sonolentas.
É bom Sentir-te!
Tens o dom de atenuar a dor, de fazer esboçar milhares de sorrisos. O grito da queda e a felicidade de algo bem sucedido:).
A amizade....
O sabor da manhã...
A luta...
O cansaço...
A pele salgada....
A pele bronzeada....
O pôr do sol...
A chuva que "pica"....
És alheio a tudo, é só querer, e somos apenas EU e TU! Envolves-me numa espécie de magia que nem sempre é boa...(só és permisivo quando queres!).
Adoro quando deixas transparecer aquele arco iris, após mais uma onda serena e o teu "wash machine" é sempre motivo de risada..a felicidade, o convivio, a tua paz....
O MAR!
Espero nunca te perder....
Ontem à noite, senti-me cansado, mas..ainda tive tempo de te dizer, OBRIGADO POR TUDO!!!
Filipe Almeida
Hoje preciso ser feliz
Hoje sei que estou doente, tenho uma doença que só é boa se esta contagiar mais do que apenas uma pessoa, infelizmente só eu estou doente, como um enfermo deixado sozinho numa cama de hospital público.
Sei que neste momento não consigo controlar ou sequer explicar esta doença que me contagia. Doença esquisita mas que não é rara, porem nenhum médico me consegue diagnosticar a causa, a origem ou sequer arranjar uma cura.
Hoje sinto-me ferido por dentro mas ao mesmo tempo nasce em mim uma enorme força de viver, que controla todo no meu jeito de pensar e condiciona a minha forma de agir.
Esta doença só é detectável em certos momentos, naqueles momentos em que fico a olhar para o vazio perdido e a pensar, umas vezes com um sorriso nos lábios outras vezes com uma lágrima no rosto, com mudanças de humor repentinas sem explicação plausível.
Hoje quero me curar deste mal hoje quero ganhar sanidade nem que para isso tenha de extinguir um pouco a chama que me aquece a alma
Hoje estou determinado, ou talvez esteja armado em parvo, perdido e indeciso sei que preciso dar um passo a traz para poder seguir o meu caminho, sozinho curado, e mal amado.
Só hoje preciso de alguém, mas não quero estar com ninguém!"My Way
Quantas vezes não pensaste já, que tudo o que ÉS hoje, foi devido às opções e decisões que tomaste ao longo da vida??
Pois é, tive a liberdade de ouvir a música daquele grande senhor, FRANK SINATRA "my away", com toda a minha atenção(a letra ).... a sensação foi... BOLAS, eu também tenho feito tudo à minha maneira.
Tomei opções que me fizeram rir, que me fizeram chorar,tive estados de ansiedade, estados de tristeza, misturados com felicidade e alegria.
Olho para o passado, e apesar de me arrepender de algumas coisas que fiz e de muita coisa que NÃO fiz, eu vivi...... a vida à minha maneira.
Cheia de descobertas, descobri e fui descoberto, amei e fui amado, sorri, chorei, gritei, sussurei,viajei, sonhei, desejei e fui desejado....fui e sou o que sou por tudo aquilo que fiz...e mais uma vez, vivi a vida À minha maneira.
TUDO ISTO PARA...... ACORDA, não te estejas sempre a LAMENTAR da vida que tens, porque se não estás satisfeito, a culpa é TODA TUA. Esforça-te, acredita, e vive a vida....à tua maneira!!
"And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, Ill say it clear,
Ill state my case, of which Im certain.
Ive lived a life thats full.
Ive traveled each and evry highway;
And more, much more than this,
I did it my way.
Regrets, Ive had a few;
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.
I planned each charted course;
Each careful step along the byway,
But more, much more than this,
I did it my way.
Yes, there were times, Im sure you knew
When I bit off more than I could chew.
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall;
And did it my way.
Ive loved, Ive laughed and cried.
Ive had my fill; my share of losing.
And now, as tears subside,
I find it all so amusing.
To think I did all that;
And may I say - not in a shy way,
No, oh no not me,
I did it my way.
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!"
Frank Sinatra "my way"
Mais um dia que passou...
"Mais um dia que passou, mais um que veio anteceder tantos outros.
Hoje sinto-me perdido, no vazio, num vazio repleto de promessas por cumprir, sinto que é tempo de receber o que é meu por direito, tudo aquilo que me foi prometido, mas que o destino não quis dar.
Amanha serei outro homem amanha vou lutar e reivindicar tudo o que um dia esteve para ser meu e nunca foi! Ou talvez fique parado, talvez fique como estou agora, imóvel a ver o meu futuro passar-me á frente, simplesmente porque é mais fácil, mais cómodo, menos problemático!
Acomodei-me a esta vida miserável de banal trabalhador que vive sem objectivos sem grande propósito de vencer. Hoje sou aquilo que mais desprezo sou igual a todos os outros, perdi a minha identidade única, que por me tornar diferente, me tornava livre, não precisava de obedecer a normas nem etiquetas apenas de ser quem sou, de mostrar ao mundo um ser único que nunca ninguém viu e que por ser único, seria capaz de mudar o mundo, o meu pequeno mundo, um mundo melhor que aquele que tenho hoje.
Talvez seja amanha o dia em que tudo muda, talvez se amanha acordar com força, para me levantar, do túmulo onde á muito tempo me deitei."
J.P
Tens tudo o que precisas
SOU, maior que GRANDE e mais forte que diamante..sou EU!
É o meu mundo, o melhor que tenho. Aqui...há sempre um harmonioso BOM dia e uma quente boa NOITE.
Não me perco com impulsos, nem com desejos da moda, não me perco com discusões parvas, nem com mentiras desnecessárias.....
Gosto daquelas pequeninas coisas....gosto da nostálgia de qualquer bom momento....gosto de tiii, gosto de MIM. Não pelo que sou, não por aquilo que me transformei, mas sim, por aquilo que um dia v0ooou SER!
Tenho em mim, tudo o q preciso!!!!
Num banal fechar de olhos, respiro fundo e......concretizo mais um sonho. Acreditar...Torna as coisas bem reais, acreditas????
Oiço o que penso a sós....não há segredos, quero ser EU, quero ser realmente Eu.
Tenho em mim, tudo o que preciso!!!
Tu tens em ti, tudo o que precisas!!!
Nós temos tudo o que precisamos!!
Acreditas??
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Transparência
Na minha perspectiva, continuamos a ver só o que desejamos ver, tal e qual como um capricho que não queremos mudar. Esta incongruência do psicológico, é o facto evidente para não termos a habilidade de ver a transparência do abstracto ou do real fundamentado. Ser moderado não chega para a atribuição desse dom, há que saber ser depreciativo e ver para além da beleza superficial, é assim que defino transparência.
Filipe Almeida
Foto:Emily Purnhagen Broering
sábado, 25 de setembro de 2010
Amizade
Se tivermos um minuto para olhar com olhos de ver, conseguimos chegar a conclusões e comparações que nos dão que pensar.
A vida de uma planta é como a paixão.
Numa paixão tudo começa como um rebentar de uma flor. Timidamente e aos pouco esta vem aparecendo no meio das banais folhas verde, lentamente vem dando cor e alegria á planta, esta simples flor vem com um fim, libertar o seu pólen e dar às outras flores um pouco de si, mas tudo o que é belo não dura para sempre e da mesma forma que esta pequena flor aparece, certo dia, começa a murchar, lentamente esta vai perdendo suas pétala sua cor, no fundo toda aquela graça inicial que tinha.
Na forma como eu vejo a vida, a paixão é um pouco como esta pequena flor, vive intensamente, e morre lentamente, porem a flor com o pouco pólen que recebeu de outra flor, como quem troca sentimentos e os mantém guardados lá bem no fundo do seu ser, consegue gerar uma pequena semente, uma pequena semente que se for bem cuidada, pode gerar uma pequena planta, a planta da amizade, uma planta frágil e pequena que se for bem tratada, um dia será uma enorme árvore capaz de resistir a intempéries.
Espero que a pequena semente que tenho para oferecer seja bem cuidada, que com a ajuda dos dois não murche antes de se tornar uma bela árvore."
J.P
Escravos do Luxo
Paulo Coelho, “O zahir”
Hands On Approach - Black Tears
Álbum: High and Above
Música: Black Tears
Recomendação: 4,5/5
O verdadeiro consumismo
Margarida Rebelo Pinto, “O Dia Em Que Te Esqueci”
O Poder Feminino
Margarida Rebelo Pinto, “O Dia Em Que Te Esqueci”
A perfeição da miragem
José James - Detroit Loveletter
Álbum: Black Magic
Música: Detroit Loveletter
Recomendação: 4/5
Ausência I
A explicação natural da minha ausência:
I) 2 semanas de Férias.
II) Interrupção da vida rotineira para o início de um segundo ciclo.
Resumindo, VOLTEI!
P.S - Li algumas obras literárias durante as férias, que primeiramente, vão ser alvo de toda a minha atenção. ( De momento, estou a "apaixonar-me" pelo título Crónica do Pássaro de Corda, do Haruki Marukami)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
The Cooper Temple Cause - Blind Pilots
Álbum: Kick up the fire and let the flames break loose
Música: Blind Pilots
Recomendação: 4/5
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Não Arde, Mas Queima.
Filipe Almeida
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
The Airborne Toxic Event - Wishing Well
Álbum: The Airborne Toxic Event
Música: Wishing Well
Recomendação: 4,5/5
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pobre Riqueza
Filipe Almeida
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
"Verbar"
Silenciar, quando não sabes argumentar
Beijar, se não sabes silenciar
Amar, quando sentes o desejo de beijar
Apaixonar...se não sabes amar
Questionar, quando não entendes o apaixonar
Recordar, se não há intenção de questionar
Contemplar, quando emerge a alegoria do recordar.
Filipe Almeida
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Robert Francis - Junebug
Álbum: Before nightfall
Música: Junebug
Recomendação: 3/5
Repreender o orgulho
Filipe Almeida
Em busca da riqueza
"Não nos engane a riqueza,
Porque tanto esmorecemos,
Trás que vamos;
Já que temos a certeza
Que, quando mais a queremos,
A deixamos.
Gastamos em alcançá-la
A vida; e quando queremos
Usar dela,
Nos tira a morte lográ-la;
Assi que Deus a perdemos
E a ela."
Luís Vaz de Camões, " As cartas - Escrita de Ceuta"
domingo, 8 de agosto de 2010
Tired Pony - Point me at lost islands
O Cd com o título "The Place We Ran From", é o 1º álbum dos "Tired Pony", um novo projecto que tem uma cara bem conhecida dos palcos musicais, Gary Lightbody dos "Snow Patrol".
Recomendação: 4/5
Epopeia Vinculada
Não há toques afáveis, que tragam promessas infindas
Há apenas um conhecimento renunciado, por momentos já sentidos
Cismático, reclamas por essa esperança simulada, onde deitas a tua felicidade.
Vejo esta luta de almas.
Vejo o que não devia ver.
Vejo a timidez e o teu rosto corado.
Vejo carne com carne.
Vejo as ondas que não trazem água.
Vejo a energia que nos deixa cansados.
Vejo esta doença extática que dá forma aos lençóis.
Vejo o errado, parecer correcto.
A transformação da epopeia num epitáfio sorridente,
dá azo a uma clausura temida pela adversidade da satisfação.
Foges, para receber algo inerte que te provoque a expiação,
uma vez que a tua liberdade, sempre foi uma fragilidade demente.
Filipe Almeida
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Quem somos?
Mais um excelente texto com toda a sumptuosidade do J.P.
"Somos como fogo e chuva
Somos elementos diferentes
Somos como Vénus e Marte
Somos estrelas diferentes
Somos como o Verão e o Inverno
Somos estações diferentes
Somos oito ou oitenta
Somos números diferentes
Por vezes sou como o fogo queimo tudo ao meu redor reduzo sentimentos a cinzas faço chorar quem tudo perde por minha causa, felizmente, tu és a chuva que acalma esta chama infernal fazes de mim uma pequena labareda que parece ter medo de queimar, somos diferentes, porem muito iguais.
Somos como dois deuses tu és Vénus com toda a tua beleza e sensualidade, eu sou Marte o deus possante da Guerra. Juntos somos um só ser, um novo deus do Olimpo.
Eu por vezes sou frio como o inverno, tu és quente como o Verão juntos, somos a mais bela das estações, a estação em que todos os animais se sentem enamorados, juntos somos a primavera.
Muitas vezes tu és oito e eu sou oitenta mas se o oito não existisse, também não havia oitenta.
Podemos nada ter em comum, podemos ser o oposto mas junto somos muito mais que apenas dois indivíduos com defeitos, juntos somos quase perfeitos!"
J.P
domingo, 1 de agosto de 2010
A força da vontade
Agostinho da Silva,"Considerações"