domingo, 16 de maio de 2010

A contagem

Vão ser 50 dias, até voltar a escrever aqui.

E como um sorriso faz sempre falta, "SORRI, SOU REI"

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tenho tanto sentimento (Não é um FIM)

Hoje decidi dar um tempo ao sentimento, não é um fim, é apenas um desejo, de não apriosionar a inspiração. Voltarei, porque sou incapaz de não ter uma vida dividida( vejam o poema do Fernando Pessoa). O que seria da vida vivida, sem ser pensada? Aos meus "seguidores", Obrigado e Até Breve!

"Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar."

Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Epílogo, parte I

O desejo, é esta a minha profilaxia contra os dias maus e hoje, estou demasiado longe da tua protecção. Sem perguntar porquê, escondo-me em sentimentos díspares e mesmo quando fecho os olhos, vejo a apatia da minha ambição. Procuro a reflexão, procuro a volúpia dos sonhos, procuro esse local quente, onde o sol consegue rasgar a imensidão desse algodão figurado. Preciso de olhar para as nuvens e dar azo à imaginação, preciso de sentir a indiferença do tempo. Numa dança suspensa com a atmosfera, eu recrio a realidade nessa tela azul, onde o vento dá vida às criações e a chuva atenua a poeira provocada pelo movimento indolente, de quem não tem a capacidade de sonhar. Sinto que estou a ficar demasiado perto de mim.

Filipe Almeida
Foto: Paulo F.

Se - "IF, Rudyard Kipling"

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!


Rudyard Kipling

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Conta me como foi

Conta me como foi.....

No mar, ouvimos o pensamento de quem já foi saudade.
No deserto, imaginamos o que seria estar, ao lado da sombra de quem amamos!
Na cidade, entregamo-nos à tentação do pecado tentado.
Na "terra", respiramos a nostalgia da infância.

Com vontade de triunfar,fintamos a solidão do tempo,
enfrentamos adversidades naturais e a gélida companhia do fracasso

Sorrimos com um pensamento....choramos com um dialecto sentido.


FRAGÉIS!!!
Fazemos a nossa própria guerra.


Caminhamos juntos no turbilhar de momentos,
onde o impulso é inimigo do verbo agir.
Ficamos transparentes, quando sentimos o fogo do olhar
despidos do preconceito, "eu desejo te"!!

Julgas que a pintura que delimitas no teu intimo
é apenas uma miragem,
que a ansiedade mata qualquer estimulo de esperança.
A tua eloquência....

Transforma-te,
Deixas de ser aquisitivo...o querer dá lugar ao sonho,
E tu passas a actor amador, que anseia pelo louvor de um aplauso.

Ninguém te disse o que devias ser,
e o tempo cai num paradigma, que
serve de tónico para o teu..tímido sorriso.


Vestes a panóplia invisível e....


Conta me como foi!!

Como descobriste a flor?
Como descobriste o jardim?
Como descobriste a primavera?
Como descobriste o oferecer?

Conta me como foi!!

Como descobriste a noite?
Como descobriste o mimo?
Como descobriste o toque?
Como descobriste o suspiro?

Conta me como foi!!

Como descobriste o respirar?
Como descobriste a ferida?
Como descobriste a alma?
Como descobriste o acreditar?

Conta me como foi!!

Como descobriste o olhar?
Como descobriste o amor?
Como descobriste o sonho?
Como descobriste o querer?

Ao ouvido, em jeito de segredo ilícito,
Conta-me como foi....

Filipe Almeida

terça-feira, 11 de maio de 2010

Curtas VII- Pirilampo

" O pirilampo apaixonado por uma estrela...é coisa que se aguenta por pouco tempo..."

Assim como o pirilampo perde a luz, a estrela também deixa de brilhar. Mas que diferença faz?

Talvez dure só até ao amanhecer ou enquanto o céu não está nublado...

Des(ilusões)

Com a idade os meus pensamentos tornam-se mais maduros e se antigamente encontrava um caminho, hoje não me atrevo a pisar a linha que me guia.
Hoje sou eu que escrevo, na sombra desta luz artificial que retira o lustre em tudo aquilo que acredito, tento não esconder as palavras que tornam este instante num acto precário, onde as sinapses colidem vezes sem conta, transformando a química numa teoria física sem sentido, Hoje sinto medo! Num frémito desejo de não sentir, espero pelo o eco que me trouxe até aqui.

Não devia ser assim, não devia....Sem identidade perco a imunidade que os sonhos construiram, fico susceptível à desilusão e para este pequeno mundo sou apenas um ponto fixo, onde o momento resultante se torna nulo.

Abro a minha alma aos medos e respiro a infinidade necessária para acreditar que nunca me perderei. Não há surpresas e sem explicação, também tu me pedes desculpa...


Filipe Almeida

Curtas VI - Lápis


" - Achas que isso é como os teus lápis? Achas que isso se gasta com o uso?
- Isso o quê?
- Os sentimentos. "


Anna Gavalda, "Enfim Juntos"
Foto: Pedro Fernandes

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sonetos Quase Mudos

SONETOS QUASE MUDOS

"Há o silêncio, às vezes, entre nós,
e é um silêncio denso, ou uma fala
críptica, uma linguagem que abdica
do som, para ser só a voz da alma...


Há súbitas catarses de palavras
em torrente, cachoeiras de espuma
efervescente, ou talvez a timidez
dos gestos reprimidos ou represos.


Há os olhos que dizem sem dizer,
há o fluido subtil de quem se entende
mais longe do que a vida nos permite.


E há a confiança na ausência,
há segredos sabidos sem saber,
manhãs comuns em cada amanhecer. "

Rui Polónio Sampaio

Inventa a vida



A compreensão não se desenvolve apenas quando mergulhas no cerne do suposto, e por isso, gastamos o tempo todo, a procurar nomes para o que não entendemos. O exponencial, já foi especial, assim como o sentido das palavras que não compreendes.

A melodia enriquece o lado errado do teu mundo, és prentensioso e continuas a ensaiar o movimento perfeito para aquilo que sentes, mas que não consegues ver.
O meu incunábulo foi escrito numa pauta bem delineada, onde o destino é o maestro responsável pelo ritmo certo.
Os olhos continuam fechados e ainda tremo com a intensidade das notas que produzes (respira)... Essa sinfonia, será o interlúdio para aquilo que ainda não descobri.

Inventa a vida... e deixa a tua marca.


Filipe Almeida
Foto: Mário Cales

domingo, 2 de maio de 2010

Time passes, but...

One of my favorite songs ever!!!

"Is it for yourself, the way you talk...?
Explanations where never found
And it's so untrue, all you say when we're alone
I couldn't be like you...
I never tried...
I never would...!


Change your mind don't let me down.
I'm so sorry my tears are fallin'
Everytime I hear from you.
And i'm so angry my mind tells me
That in the end there's nothing new

I remember things we used to do
You know that just like you
I miss it too, I'm missing you...

Change your mind don't let me down.
I'm so sorry my tears are fallin'
Everytime I hear from you.
And i'm so angry my mind tells me
That in the end there's nothing new

I'm so sorry my tears are fallin'
Everytime I hear from you.
And i'm so angry my mind tells me
That in the end there's nothing new

I'm so sorry...!!!

There's nothing you...
There's nothing you..."




Wonderland - nothing new
Foto: João Coimbra

sábado, 1 de maio de 2010

Um dia(II)

Um dia, gostava de te ver roubar a minha masculinidade com a tua sensualidade...


( as minhas boxers, a minha camisa desapertada e a magia do teu sorriso)