domingo, 7 de novembro de 2010

Quando te disse adeus, não foi para sempre!

Quando te disse adeus, não foi para sempre! Os desejos agora são como cartas escritas à mão, onde as lágrimas provocadas por um sentimento semelhante à saudade, não se limitam apenas a manchar as linhas do passado, as lágrimas também refutam o sorriso que sempre me acompanhará. O espaço já não nos pertence, as montanhas que subimos estão agora cobertas de neve e o espelho provocado pela serenidade do rio já não nos reflecte. Quando te disse adeus, não foi para sempre!

O tempo mostrou-nos que não tivemos medo de mudar e hoje…envelhecemos num tom impetuoso, rodeados de falsas recordações que recriam um filme quase mudo. As quimeras também são permissivas à realidade e hoje que estás longe, acredito que a loucura do amor está condenada à precariedade de meia dúzia de palavras românticas. As perguntas agora são como especulações sem sentido, onde a resposta é uma verdade absoluta para quem não acredita na mentira. Quando te disse adeus, não foi para sempre!

O verbo entender é asséptico a qualquer momento decorrente num passado que já foi presente, talvez por isso, a razão considere que seja sempre tarde para pedidos de desculpas. Hoje…somos apenas estranhos que já estiveram à distância do respirar e no final…seremos apenas descobridores de lágrimas sentidas, harmonizadas com a voluptuosidade das gotas de suor.

Esqueci-me como te pronunciava a palavra “amo-te” … Quando te disse adeus, não foi para sempre!


Filipe Almeida

P.S - Ao texto escrito em cima, não o considerem "lamechas" , para quem não sabe, ou nunca sentiu, fica a visão que o amor ainda existe...

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