terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A infância

Lembranças são utopias disfarçadas pelo presente, que originam a sensação de um pensamento duradouro. Relembrar faz levantar o nevoeiro que esconde o condicionalismo de um dia não vivido, é assim que encaramos a plenitude da infância.

Faço uma ode à infância, a todos os momentos que ela me proporcionou e a todos os sentimentos lúgubres que hoje ajuda a sentenciar. Faz parte do ser humano, dispersar por todas as conjecturas produzidas pela imaginação fértil da criança que sempre nos acompanhará. É fascinante como um simples brinquedo consegue ludibriar o tempo e transportar para o mundo só nosso, onde a imaginação é a ferramenta de uma recriação onírica. As brincadeiras são os professores mais exigentes e ensinam-nos a encarar a vida com limites que nós próprios delineamos.

Escrevo este texto com um sorriso acutilante, onde deixo o meu apreço a todos os brinquedos e a todas as brincadeiras que transformaram os sonhos em realidades irrevogáveis, para que hoje consiga acreditar na metamorfose de uma imaginação verídica.

Na infância, acreditava na hipótese de acontecer e agora…acredito que nunca deixei de ser criança.

Filipe Almeida

P.S – Hoje em dia, as crianças da nossa sociedade, deviam brincar mais com legos, playmobis, saltar, correr, andar de bicicleta e subir árvores. Deviam deixar desenvolver toda a potencialidade da imaginação ao invés de se agarrarem a consolas e computadores que só sabem oprimir a capacidade de recriar algo imaginado. Para quem desconhece, chama-se CONCRETIZAR.

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