quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Arrepio

Está presente num qualquer momento da vida e tem a capacidade de tornar visível o que irremediavelmente queremos esconder, Os sentimentos.

Na veemência do sopro, na pedra de gelo que percorre a tenacidade da pele, numa gota de água perdida entre o suor e a chuva, num toque desejado, no atrito entre o giz e a ardósia, na delicadeza do beijo, no calor compadecido, na amenidade do vazio, no prazer que vagueia entra a paixão e o amor, na beleza dos olhares ilícitos, o “ai”, o “hum”, o Desejo, o sossego da noite, a folha de papel, o deleito da surpresa, a melodia da voz, a intensidade da música, as palavras harmoniosas, as lágrima sentidas, o paladar categórico da perfeição, a susceptibilidade do pescoço

Filipe Almeida

P.S - Deixo o texto com reticências, para o caso de quererem acrescentar (terei todo o gosto em colocar no meu texto), outras situações que provoquem o arrepio.

Joss Stone - what were we thinking

Com 26ºc à noite, era capaz de me imaginar num alpendre de uma casa na praia, numa daquelas cadeiras enormes de baloiço, a sentir a brisa do mar e a ouvir a rebentação das ondas com a Joss Stone como música de fundo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que os olhos não vêem

"Aos outros dou tudo o que sou, divido-me, repartindo-me entre todos, poucos são os que me viram triste poucos são aqueles, que realmente me viram.

Ninguém me conhece, tenho o defeito de nunca ser levado a sério como se a minha opinião ou vontade não importa-se, talvez seja invisível aos olhos dos outros, talvez viva num mundo onde não me consigo Adaptar.

Todos os dias procuro o meu lugar o meu posto, o palco onde posso falar, ser ouvido e compreendido pelos outros. Talvez os outros não tenham culpa talvez, talvez eu seja de tal modo diferente que ninguém me consiga ver. Talvez não me consigam ver porque para isso precisam de mais do que a visão precisam de me ver nos pequenos gestos nas pequenas coisas que passam despercebidas, aquelas pequenas coisas que elevam a besta a bestial. Talvez seja uma besta porque não vêem o bestial que sou, talvez só vejam coisas grandes e eu apenas viva de pequenas coisas, as coisas que me fazem feliz.

Talvez um dia o mundo mude, ou talvez um dia eu me entregue ao banal, talvez um dia seja eu a mudar. "

J.P

terça-feira, 27 de julho de 2010

Força Selvagem


“O amor é uma força selvagem. Quando tentamos controlá-lo, ele destrói-nos. Quando tentamos aprisioná-lo, ele escraviza-nos. Quando tentamos entendê-lo, ele deixa-nos perdidos e confusos.”

Paulo Coelho, “O Zahir”
Foto: Sérgio Oliveira

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Local Natives - Cubism Dream

Tudo o que desperta sensações, não é perecível ao tempo!


O perto que é longe

Não te reges pela mesma sensibilidade que as tuas congéneres companhias e é fácil perceber o seu constrangimento, perante o prazer da tua expressividade. Os ciúmes invadem a alma das pessoas que te rodeiam. Também tu danças…o mesmo som, a mesma coreografia, a mesma intensidade de movimentos, mas com uma sensualidade distinta, que te transporta numa magia ilusória, que ainda não sabes manusear. Nesse jogo das diferenças, até vendado seria o mais perspicaz. Paixão secreta. A minha timidez é apenas instinto de uma realidade desfavorável, onde a indeterminação beija a certeza deste pensamento audaz.

És tão genial, que eu próprio não te consigo entender. É como olhar para a perfeição com uma dioptria elevada, onde a beleza só é perceptível aos olhos de quem sabe ver com o coração. És um veneno volátil, uma perdição fantasiada, um verbo sem significado. A tua magia nunca conseguirá vencer o tempo e a minha timidez jamais mergulhará na ilusão dessa realidade. Eu tenho a pergunta errada e tu a resposta certa!

Ficaremos sempre assim, o meu sorriso tímido e a tua sensualidade mágica.


Filipe Almeida

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Paredes Brancas

Este texto é da autoria de outro sentimentalista, um amigo, um colega. Obrigado pela partilha J.P.


"Olho as paredes brancas, Fico á espera imóvel, de um sinal teu, fico tão quieto, que nem me sinto respirar, parado no tempo e no espaço como se não existisse, incapaz de mover um músculo, incapaz ser alguém.
Apenas á espera de um sinal, algo teu, algo que não sendo teu te defina, algo simples mas perfeito, procuro e procuro imóvel a olhar as paredes, cansado de correr minha mente procurando algo que não seja teu. Encontro-te em cada esquina em cada olhar em cada local do meu inconsciente, és rainha soberana, és o ser mais belo és a tal, alma gémea capaz de me libertar desta jaula imóvel onde vivo, onde escrevo e onde perco horas de vida sem fazer nada, parado imóvel, incapaz de viver.
Mas o mundo não pára, lá fora brincam os putos com uma bola nos pés, um sonho que chutam na esperança de ser alguém, um sonho que os faz correr á busca de um novo futuro um futuro que não seja herdado dos pais das mães ou de toda a família que nunca teve nada, assim como eu corro por um sorriso teu, pelo meu futuro a teu lado, pela ínfima probabilidade de ser bom o suficiente para não herdar tristezas mágoas ou desatinos pensar que algum dia poderei ser amado, pensar sequer que tu existes de verdade que não és simples invenção da minha cabeça do meu corpo, gritando por afecto por carinho. "

J.P

Improviso da Imaginação

Num diferente tom, repreendo a silhueta da sombra que me persegue, quando tudo o que desejo é a solidão. Descubro a mudança, quando o sol está mais alto, mesmo por cima do meu centro de gravidade, ou quando os meus passos têm a celeridade necessária para despistar aquele espião mais decidido. A ousadia é um prémio para quem não teme o fracasso e a sombra está sempre presente, dignificando a sua perseverança. A ironia grita uma melodia fria, onde a mente é uma ferramenta rudimentar da decisão…assim, continuamos a perder demasiado tempo em futilidades e nessa diligência transformamo-nos em criaturas do medo. Somos apenas imbecis, que não sabemos imaginar para além da realidade. As dúvidas nunca se tornaram em oportunidades e a revolução da indiferença cessa qualquer ímpeto de esperança. Sabendo que as coisas simples permanecem e as desejadas por vezes desvanecem, onde colocamos a simplicidade do improviso, se temos a capacidade de imaginar? Se acreditar que a minha alma é fogo e mesmo assim, tiver a coragem de mergulhar na espuma daquela onda, não terei o direito de conceder um sorriso ao sadismo da minha imaginação? A nossa existência vai muito além do planeado, é o improviso da imaginação que faz a rotura da uniformidade dos nossos passos, é o improviso que faz as recordações durarem para sempre.

Improvisa o silêncio, quando ele se torna pesado!


Filipe Almeida

sexta-feira, 9 de julho de 2010

É preciso elevar a pessoa ao lugar do espanto

"Quase, é uma palavra notável. Todas as pessoas deviam ter por nome próprio quase. Eu sou quase, tu és quase, ele é quase, nós somos quase. Quase qualquer coisa que não chega a ser quase. Uma equação quase perfeita. Um número quase redondo que só existe dentro das nossas cabeças ligadas por fios primorosos. Fios de aço que amarram a loucura e a mantêm obediente. Não pretendas ser mais. As lágrimas que te escorrem pela cara desenham traços de temperatura variável. Continuam a surgir frases por escrever, amores inacabados. O amor é sequioso como uma planta. O melhor é a água. Não há outra maneira. A felicidade é coisa que acontece tarde. Da qual só se tem notícia depois de ter sido. Quando alguém clama: sou feliz, está a preparar-se para a desgraça. Imensas são as coisas que só existem no tempo passado. Não há vagas, quer no inferno, quer no paraíso. Suceder já quer dizer sucedido, porque triunfar é um verbo a morrer. Há em mim qualquer um que tem saudades de si. Saudades imperiosas, bruscas, inevitáveis. Continuo a ignorar para onde foi o que fui, em que casas acordam as pessoas que amei. Dói quase. Assim, sempre assim. Uma espécie de distância que não pode ser percorrida."


Pedro Paixão "É preciso elevar a pessoa ao lugar do espanto"

Deixa

Fecha a porta e deixa-me contar porque sou assim. Deixa-me unir estas duas almas, deixa-me sentir a conquista desse respirar. Só te contam mentiras e a verdade é apenas uma oportunidade para te ofender. O talvez, surge num meio espectral, onde ninguém consegue ter a perícia de organizar esse emaranhado de sonhos. Regozijo de uma solidão diligente, em que o quase, é demasiado lento para conseguir contemplar esse momento.

É o aviso, para este caos iminente. Manifesto esta sensação, de ter um coração insuperável, portanto se não tens a certeza, não me tentes. Escureceu e os segredos, já não se precisam de esconder, é assim que contínuo embaixador do meu lugar.

Deixa de perguntar quem sou Eu e vem-me procurar!
Filipe Almeida

Irmãos de Sangue



Há sempre um retorno nas promessas que nos fazem sorrir. Não é apenas uma história, é o completar de todos aqueles espaços vazios, que nos fazem permeáveis à contingência desta sociedade.

Valeu a pena seres paciente...como sempre fomos. Nunca traçamos metas impossíveis de alcançar e sempre tivemos a imaginação necessária para acreditar que, se não acontecer hoje, poderá acontecer amanhã. Pelos dias em que não fomos pacientes, aqui estávamos nós, em confidências unívocas, para que a imprudência não fosse má conselheira.

O sorriso das tuas palavras e os gestos meigos do teu movimento, são consequência do estado de júbilo, em que te encontras. Sabe bem ouvir-te, sabe bem observar-te. És agora exemplo para mim, assim como eu um dia, já fui para ti.

Eu sou um passageiro da tua felicidade, portanto continua a ser FELIZ!! =)


Filipe Almeida

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Bon Iver - Re: Stacks

Adoro sonhar com o impossível, por momentos, parece que lhe toco, o suficiente para dizer "Quase....!"

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Chegou aquele momento... a insipidez destes dias terminaram e em breve vou entrar na monotonia das minhas palavras.

A indiferença pouco me importa, vou continuar a cansar estes dias quentes e subjugar o conforto com os meus sentimentos.

Não o faço por ti, não o faço por mim, não o faço por ninguém, faço-o apenas pelo prazer da recordação.

Filipe Almeida