sexta-feira, 5 de março de 2010

Cada Coisa Em Seu Lugar

O copo de vinho tinto que seguro na mão é sinal do meu apreço ao tempo, as luzes têm um sorriso fusco, a lareira continua a devorar oxigénio e a música ambiente quebra a solidão de um estranho viajante.

A Lua olha-me com indiferença é assim que cria a tentação de ser observada e na companhia das estrelas, perde-se na condensação do vapor de água. Essa face misteriosa, faz de ti o esconderijo perfeito para os meus pensamentos, ouves as preces e os desabafos, brilhas por seres enorme!

Não tenho receio de construir castelos e assumo-me como engenheiro do meu próprio império. Imagino a beleza das vastas planícies douradas pelo trigo, imagino o rodopiar das pétalas e as árvores linearmente colocadas, que criam a miragem perfeita, reflectida no espelho fresco do rio.

Não é suposto estar aqui a divagar, o álcool é cúmplice da solidão e relembro a divícia deste momento.....

Olho-te e ainda te vejo a brilhar, aconchego-me na poltrona e encho o copo vazio,

És o meu lugar.

Filipe Almeida

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