domingo, 18 de abril de 2010

Escondidas


Desde o princípio que nos ensinam a brincar às escondidas. Percorríamos com o olhar qualquer objecto, qualquer local, que nos prometesse a invisibilidade temporária, que nos garantisse a protecção necessária. Era assim, na nossa infância não havia medos, não havia incertezas, não julgávamos o sorriso, nem criticávamos o choro…tínhamos a inocência do acto, não receávamos o desejo, nem a queda.

A recordação não era apenas promessa, porque nesse tempo, não era preciso prometer para cumprir, era assim, por muito longo que fosse o caminho, estavas sempre preparado a tentar encontrar, quem de ti se queria esconder.

1,2,3,4,5,6,7,8,9….. Aqui vou EU!

Enquanto o tempo esconde, quem queres encontrar, tu dás voltas ao pensamento, procurando o momento da descoberta. Não te cansas de jogar e tornaste num aventureiro temido pelo tempo….e o tempo passa por ti, CRESCES.

Era assim,

E hoje já não és mentor da inocência, hoje precisas de promessas, hoje jogas às escondidas e não encontras quem queres encontrar.

Filipe Almeida

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