quarta-feira, 31 de março de 2010
A Bruma
Aquele momento chega ao fim, perplexo num dos segundos do teu horário, vês o reflexo no vidro, que funciona como um bálsamo para a tua alma tépida. A tua história ainda agora começou, abjecta de erros cometidos, enfrentas a megalomania da vida. O teu olfacto não mente, estamos na Primavera.
Há muito mais para além das noites tranquilas, e tu continuas impassível, enquanto esperas pelo fim do dia; o que desejas agora? Já alguém te disse, que não consegues desenhar sozinha esse frágil vestido de cretone? Enquanto me subjugo à dávida do momento, prefiro continuar despido de preconceito, porque ao contrário de ti, não tenho nada a esconder.
Não procuro o perdão desmedido, procuro apenas sentir a complacência da tua felicidade.
Ufano, tenho o ritmo certo para partilhar a lágrima de qualquer instante acrimonioso e num desabafo audaz, perguntas:
- Se a bruma carrega o herói misterioso, porque é que anseio por dias soalheiros?
Misturo a presunção à irreflexão do teu prazer e respondo:
- Não vês, que tatuas o tempo perdido, no sorriso de algo que nunca será teu!
Filipe Almeida
terça-feira, 30 de março de 2010
Curtas V - a Física
domingo, 28 de março de 2010
Diz-me lá se não é...
Se a vida é o melhor dos professores, o amor é o seu estudante mais aplicado. Sentimos na paixão o estímulo e no desejo revemos o querer sem ambição. Temos também a desilusão, que continua a ser problema sem solução e a mentira a causa da sua indeterminação.
O equivalente, nunca foi igual.
Tens sempre os sinais que mudam o sentido, do que julgas ser o correcto.
Não desgosto do infinito, se... for verdadeiro.
E o facto de não saber o passo seguinte, faz com que procure alternativas. Não me acho incapaz e se tenho que voltar atrás, é para que no final, dê o resultado pretendido.
É então verdade,
Não há problemas impossíveis, há apenas problemas complexos, certo?
...professora.
Filipe Almeida
quarta-feira, 24 de março de 2010
Klepht - Tudo de Novo
Fica o novo single para "abrir o apetite".
quarta-feira, 17 de março de 2010
APELO - Criar um sorriso
Começei a pensar e não consegui ter dedos suficientes, para contar a quantidade de acções que nos provocam o sorriso ou a alegria.
Será que as acções que me provocam sorriso, são iguais à pessoa com quem me cruzei agora?
Será que a acção que provocou o sorriso daquela pessoa, teria o mesmo efeito em mim?
Faço um APELO a que vou chamar, CRIA UM SORRISO!!!!
Sei que isto não vai ganhar fundos monetários para ajudar uma instituição, não vai tornar o nosso mundo melhor, mas pode ser que consiga provocar um sorriso, pode ser que consiga alegrar o teu dia por mais uns instantes.
Por isso, peço as pessoas que visitam o blog, deixem um comentário( mesmo que seja anónimo), um relato, uma frase, de algo que vos provoque um sorriso, para que com isso as pessoas que leiam os comentários consigam "viver" a situação e de uma forma indirecta, estarás a partilhar um sorriso =).
terça-feira, 16 de março de 2010
Um dia(I)
segunda-feira, 15 de março de 2010
Fica bem
quarta-feira, 10 de março de 2010
Monólogo com o sono
(...)
Escuta....
-Não consegues ouvir o coração bater?
Xiuuuu...
- Ouves o meu respirar?
Suspiras...
- Sentes o carinho dos lençóis, na tua pele?
Pensas...
- Se fecho os olhos, porque não consigo dormir?
Voas...
- Hum, será?
Questionas...
- Será ansiedade de te voltar a ver?
"Derrotado"...
- Voltas a ser actor principal e cedes ao sono, com um quase sorriso....
(...)
Acredito também, que o sono é o nosso melhor advogado, ponderado, inteligente e astuto, num tribunal, onde a vida veste o papel de acusação.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Eu flutuo, tu flutuas, nós flutuamos!
Emergir é um acto de esperança, que a censura provoca a todos os que seguem sem rumo e acreditam SEMPRE na leveza do flutuar.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Cada Coisa Em Seu Lugar
O copo de vinho tinto que seguro na mão é sinal do meu apreço ao tempo, as luzes têm um sorriso fusco, a lareira continua a devorar oxigénio e a música ambiente quebra a solidão de um estranho viajante.
A Lua olha-me com indiferença é assim que cria a tentação de ser observada e na companhia das estrelas, perde-se na condensação do vapor de água. Essa face misteriosa, faz de ti o esconderijo perfeito para os meus pensamentos, ouves as preces e os desabafos, brilhas por seres enorme!
Não tenho receio de construir castelos e assumo-me como engenheiro do meu próprio império. Imagino a beleza das vastas planícies douradas pelo trigo, imagino o rodopiar das pétalas e as árvores linearmente colocadas, que criam a miragem perfeita, reflectida no espelho fresco do rio.
Não é suposto estar aqui a divagar, o álcool é cúmplice da solidão e relembro a divícia deste momento.....
Olho-te e ainda te vejo a brilhar, aconchego-me na poltrona e encho o copo vazio,
És o meu lugar.
Filipe Almeida