quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A descoberta

(Dedico-te a ti, que apesar de tudo, deixaste o essencial)


As palavras que escrevo, são escritas nas linhas que desenhaste.
Os verbos e as palavras, são conjugados com os sentimentos que deixaste.

Chegaste sem avisar, sem pedir licença para entrar.
Vivia na subtil diferença de um amor intemporal, procurado pelo sigilo do coração, onde era descobridor amador das sensações provocadas pela eloquência e irrequietude do cupido.

Provocaste imunidade, a tudo o que não parecia ser tão correcto, vestias a panóplia da mentira e preconizavas um discurso perfeito.
Hoje trago-te no coração, pela ferida que deixaste e que me torna intransigente ao amor leviano, mas sensível à cedência natural do toque, que poderá abrir portas à paixão, que é um mero quase tudo, mas não é nada...

Talvez a surpresa da mudança, me deixe envolver de novo, na monotonia da mentira, a mesma que um dia tu tornavas comum na minha...perfeição fingida.
É incrível como os sentimentos e as recordações, se podem desvanecer com um simples “suspiro” e tu...suspiraste.

A importância discreta da tua passagem, não é só perfeita conjugação do pretérito perfeito, é também motivo para a minha descrença na heresia do meu futuro.

Um destes dias, saberei exactamente, o que eram as lágrimas que choravas. E nesse momento, saberei o epílogo, de algo já vivido.


Pode uma vida começar de novo?

E assim descobrimos o significado da palavra,

ADEUS
(sorriso de quem amou)
Filipe Almeida

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