domingo, 13 de fevereiro de 2011

O que é mais valioso?


Não me perguntes para onde vou, porque hoje a liberdade é o meu cicerone. Caminho entre dias claros e desejos singelos onde tudo é autêntico, onde tudo é secretamente apetecível. No ar entoam sinfonias de violinos que transformam a escolha em virtudes displicentes, assim como, o rebento debocha numa flor cativante, eu envolvo-me nesta natureza lograda. Os diamantes são feitos sobre pressão, valiosos mas duros. O maracujá tem um aspecto dúbio, é acarinhado por quem o planta, tem uma flor deslumbrante e um sabor deleitante. Associando a sociedade a este ruralismo ilusório, não deixo de caminhar com o aspecto dúbio de quem anseia nunca ser cúmplice de uma pressão enganadora. Afinal, o que é mais valioso?


Filipe Almeida


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